Porto Murtinho é um dos cenários do filme documentário “Rota Bioceânica: povos e natureza”
Como retratar tanta beleza natural e cultural de um território, numa linguagem que permita a interface poética, informativa e educativa? E se esse lugar fosse tão rico de história e singular como a fronteira Brasil/Paraguai e que logo cederá espaço para um corredor rodoviário de integração entre vários países latino-americanos?
Diante desse cenário real, o filme “Rota Bioceânica: povos e natureza” vem sendo planejado desde 2018 pela equipe do Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo e parceiros. Idealizado pelas pesquisadoras Simone Mamede, Maristela Benites e a cineasta Marinete Pinheiro, o documentário tem o propósito de despertar o olhar para a integração dos patrimônios cultural, histórico e natural no território da Rota Bioceânica com a perspectiva da sustentabilidade socioambiental.
A cineasta Marinete Pinheiro aborda que é "um desafio encantador imergir nas veias da América do Sul e descrevê-la através do cinema. Essa Rota, que pretende fazer uma conexão entre quatro países detentores de expressiva riqueza, seja pelas histórias de seus povos, seja pela beleza das paisagens, clima, sensações, enfim, pode descortinar um dos caminhos mais interessantes e encantadores das Américas e queremos registrar em imagens e sons".
Maristela Benites afirma que saberes alimentados pela natureza e que esta, por sua vez, forja os distintos saberes podem ser vivenciados ao longo dessa Rota e a expressão que pode traduzir é “beleza na diversidade socioambiental”. Por isso, a responsabilidade de todos em projetar grandes obras de infraestrutura à luz da verdadeira sustentabilidade, uma vez que toda essa sociobiodiversidade é revestida de fragilidades e facilmente pode se perder.
“Participar desse projeto tem sido uma experiência única na minha vida. Uma oportunidade incrível de olhar, contemplar e registrar a exuberância das paisagens e da natureza, a riqueza da cultura e a força dos povos que cuidam com amor e coragem da sua sagrada Mãe Terra”, afirma Elis Regina Nogueira.
A Rota Bioceânica já é uma realidade, seja no imaginário dos que a aguardam, seja no avanço das obras que a concretizam. Temos percebido a cada trajetória que os elementos que unem os povos deste território são: o pertencimento e os elementos da biodiversidade local que compartilham, seja o rio, as serras, as plantas, a paisagem, a cultura, a vida. Agora, acrescenta-se uma ponte e uma estrada que, ao mesmo tempo, cortarão os territórios trazendo impactos, mas que poderão aproximar mais ainda as comunidades, impondo desafios e possibilidades para construção de territórios sustentáveis com justiça social e ambiental.
No momento, o projeto busca financiamento para sua segunda etapa, vez que a primeira etapa teve apoio logístico do Instituto Mamede e investimento pessoal das realizadoras, e a Rota compreende um percurso de mais de 2 mil km de extensão, com previsão de mais de um mês de viagem para captação das imagens necessárias à narrativa do documentário.
Para quem tem interesse em apoiar o projeto ou saber mais informações, contato: whats: +55 67 9 99615708. Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo.
Comentários
Postar um comentário