I Módulo do Curso de Formação de Condutores de Visitantes do Parque Nacional das Emas – Ecologia do Cerrado (09 a 11/05)



Dada a largada para mais uma turma de monitores ambientais, hoje condutores de visitantes, do Parque Nacional das Emas. Mas o termo aqui aplicado, “largada”, nada tem a ver com a racionalidade da competição, seja esta no contexto esportivo, mercadológico ou do senso comum. O que se almeja é inaugurar, lançar, acolher e preparar pessoas que estejam dispostas a amar, sentir, sonhar, lutar e proteger colaborativamente. Proteger a vida, as suas vidas, as nossas que se formam, se conformam e se completam no outro, do outro. Que outros? Nos seres do Cerrado, seja na planta, no musgo, no fungo, na árvore torta, reta, baixa, alta, na jaratataca, na onça ou no piu da meia-lua-do-cerrado que desperta cada manhã do Parque Nacional das Emas.
 
 

Se tudo está intimamente relacionado, ainda que pouco perceptível a alguns, é preciso internalizar tal percepção e interagir com o meio para somente a partir daí cativar o olhar do outro e tornar possível a transformação de valores.
O curso de monitores ambientais tem a ver com orgulho de ser cerradense, de morar próximo a um patrimônio natural especial, ao mesmo tempo singelo e exuberante que é o Parque Nacional das Emas. O gigante, com seus mais 132 mil hectares, nem sempre se mostra tão potente assim, dada a fragilidade do seu entorno em suavizar os impactos e em valorizar a riqueza e soberania de vida ali contidas. Naquele espaço é a vida no e do Cerrado que torna a nossa possível, desde as mais refinadas e intrincadas conexões ecológicas até a beleza espetacular que causa assombro aos nossos sentidos. 
O curso visa também, agregar mão de obra local, gerar renda e consolidar o turismo de base comunitária na região.

O primeiro módulo, dos aproximadamente 12, introduziu a Ecologia do Cerrado no contexto local e regional. Olhos atentos às fitofisionomias do Cerrado (campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado típico), aos elementos vegetais e paisagísticos que caracterizam o Cerrado. O fogo é bom ou ruim ao Cerrado? Se é bom, quando, onde e como? Esculturas do Cerrado: o que arte, a nossa arte interna e compartilhada pode ajudar a melhorar nossa concepção sobre as paisagens do Cerrado?
Monitor Ambiental ou condutor de visitantes, além de agente de conservação, ele tem o condão de encantar, de realizar sonhos, mas primeiro deve-se começar consigo mesmo. Daí o curso de formação com cerca de 250 horas distribuídas em encontros regulares e mensais de 20 a 30 horas, 90% deles no Parque Nacional das Emas. O restante promovido no entorno, a fim de fomentar o ecoturismo regionalizado.
Seria loucura parar, viajar só para interagir com a natureza, contemplar e admirar o Cerrado? Será o bastante passar quase um ano aprendendo sobre o Cerrado e o Parque Nacional das Emas? A amizade será elo importante nessa travessia?
Assim o módulo foi concluído com Feira de Trocas e resumiu-se nos termos LOUCURA, CONHECIMENTO E AMIZADE! Que estes elementos não faltem enquanto combustíveis a nos mover para o próximo módulo: Educação Ambiental no contexto das UCs e do Parque Nacional das Emas! Gratidão ao Parque Nacional das Emas, ICMBio e participantes!
Você também pode fazer parte desse time!! Quer?



















Comentários

  1. Muito importante e essencial para nossa vida este aprendizado com Simone Mamede e Maristela, para que possamos defender tanto esta UC como todo bioma Cerrado e suas vidas. Também é essencial sempre lembrarmos que para que isso aconteça precisamos conhecer mais de perto, vivenciar ou interagir com os tais, sempre nos colocando como parte de um só corpo. Parabéns Parque Nacional das Emas pelas parcerias com: Instituto Mamede, Prefeituras de Chapadão do Céu, Costa Rica e Mineiros. Parabéns alunos que preconiza a proteção da vida dos terráqueos e a busca pelo conhecimento.
    Saudades!

    " Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente".
    Henfil

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