Qualificando o Turismo de Observação de Aves na Região do Parque Nacional das Emas
Entre os dias de 30 de novembro a 02 dezembro e de 07 a 09/12 o Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo em parceria com o Parque Nacional das Emas realizou o II Curso de Técnicas de Observação e Identificação de Aves do Parna das Emas e Entorno. Com uma área de quase 133 mil hectares, o Parque e seu entorno concentram significativa diversidade de aves do Cerrado brasileiro. Espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção são encontradas com certa facilidade nessa Unidade de Conservação de proteção integral denominada Parque Nacional das Emas, mas que carinhosamente é referido apenas como “Emas” para os que o conhecem e que por ele se encantam.
Como nem só de emas vive o Parque e sim de mais de 360 espécies de aves do Cerrado e de outros biomas que o contatam e o entremeiam, não resta dúvida que as aves constituem o grupo de vertebrados mais representativo de Emas e tem atraído observadores de várias partes do Brasil e do mundo.
Dessa forma, o II Curso de Técnicas de Observação e Identificação de Aves do Parna das Emas e Entorno teve por objetivos qualificar os monitores ambientais que atuam na condução de visitantes do Parque, bem como instruir a comunidade e envolvê-la na observação de aves, educação ambiental e em ações de conservação da biodiversidade de forma geral.
Foram dois finais de semana de intensas atividades que envolveram teoria e muita prática de campo para melhor apreciação e reconhecimento das aves do Cerrado abrigadas no exuberante território de Emas. Sob a instrução da bióloga, pesquisadora e educadora ambiental Maristela Benites e os colaboradores André de Oliveira, Simone Mamede e Cintia Possas, os cursistas mergulharam no fascinante mundo das aves do Cerrado. Cores, sons, formas, silhuetas, enfim, as marcas ou sinais de campo ganhavam especial atenção e constituíam pistas essenciais para a “descoberta” do nome da ave observada.
Aula teórica com Maristela Benites |
Meia-lua-do-cerrado (Melanopareia torquata) |
O balanço do curso resultou em: 160 espécies observadas; um novo registro para a avifauna do Parque, o siriri-do-buriti ou siriri-de-peito-rajado (Tyrannopsis sulphurea); e mais de vinte pessoas que se tornaram e/ou continuaram admiradoras e comprometidas com a conservação e proteção da biodiversidade do Cerrado e de Emas. Importante estímulo também recebeu o Clube de Observadores de Aves do Parna das Emas e Entorno (COA Parna das Emas e Entorno) que hoje vai além dos limites político-geográficos da região.
O curso contou com pessoas desde 09 até mais de 80 anos, provando que se trata de uma atividade aprazível, educativa e que não restringe público nem mesmo com relação à faixa etária.
O chapadão é sozinho - a largueza. O sol. O céu de não se querer ver. O verde carteado do grameal. As duras areias. (...). A diversos que passavam abandoados de araras - araral conversantes. (...). O sertão é dentro da gente. Guimarães Rosa.
Com esta ação, o Instituto Mamede encerra as atividades de capacitação do ano de 2012 e nos vemos logo mais em 2013 com novas ações de qualificação e sensibilização voltadas à educação e conservação ambiental. Até logo!
Encontrando família, gênero e espécie a partir das marcas de campo |
Você já observou uma ave hoje?
Check list do Zé... |
Siriri-do-buriti (Tyrannopsis sulphurea): novo registro para o Parque Nacional das Emas. Foto: Maristela Benites |
Que bacana adorei: Adorei fazer novas amizades, adorei rever amizades antigas, conhecer novas áreas, os novos registros de aves e a união. Foram dois finais de semanas maravilhosos, espero que os Siriris-do-do-buriti (Tyrannopsis sulphurea) cresçam em quantidades, assim como pude observar o que aconteceu com o galito (alectrurus tricolor) que cresceu em quantidade significativa desde o primeiro curso até este que se não me engano 2006/2012. Parabéns Instituto Mamede.
ResponderExcluirAgradecemos a sua participação José Dias Carvalhaes e como é bom vê-los crescendo em conhecimento, valorização e sensibilidade às questões ambientais e ao nosso Cerrado. É, o GOB (Grupo de Observadores da Biodiversidade) nasceu em 2005 após um dos cursos que ministramos pelo Corredor Emas-Taquari, depois o específico sobre Observação de Aves foi em 2007. Que vocês monitores ambientais e aliados da conservação continuem encantados pela biodiversidade brasileira. Abraço, Maris
ExcluirSuper adorei, mais um curso ministrado pela equipe do Instituto Mamede, sob a maestria de Maristela Benites, Simone Mamede, Cintia Bezerra Possas e André de Oliveira. Quem consegue sentir a sensibilidade das aves, com certeza tem a sensibilidade de olhar com os olhos de ver. Obrigada pessoal, grande abraço a todos!
ResponderExcluirOlá Maria Vitória!
ExcluirQue outras pessoas tenham o olhar transformado a partir de vocês, nossos aferidores de encantamento do Cerrado, e passem a "olhar com os olhos de ver" a nossa biodiversidade e se permitam estar em sintonia com a natureza! Abraços, Maris.
Parabéns à equipe, quero ver cada vez mais cursos de observação de aves Brasil afora, divulgando essa atividade tão parceria da conservação ambiental!
ResponderExcluirAbraços,
Tietta Pivatto
Bonito - MS
Oi Tietta!
ExcluirSigamos juntos despertando olhares e cuidado pela nossa rica biodiversidade.
Gratidão!
Abraços, Maris
Vai fazer novo curso neste semestre?
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