Geologia local, Geografia e Sistema de Informação Geográfica também ajudam a contar a história do Parque Nacional das Emas
Neste encontro, os assuntos abordados estiveram relacionados à geografia física e humana da região do Parque Nacional das Emas, não esquecendo jamais, de associar com a fauna e flora locais.
O diferencial, além de novo conteúdo, foi a alteração do local das aulas, antes concentradas na antiga sede, região sul do Parque. Desta vez, a excepcionalidade se deu em função da necessidade de maior cobertura geográfica da UC durante o curso e acesso aos diferentes percursos abertos ao uso público e visitação no Parque. A região do Jacuba, a 40km da antiga sede onde o grupo se concentrou, é fortemente marcada por acontecimentos da recente história do Brasil e pela cultura de seus habitantes atuais e antigos. Recebeu o nome Jacuba em alusão ao tipo de alimento preparado pelos viajantes que, sob influência baiana, tinham por costume misturar farinha de mandioca, rapadura, paçoca de carne seca e água. Assim, a jacuba, doce ou salgada, conferia energia e pouco peso durante deslocamentos e transporte em percursos de longa distância. Por ali passaram o grupo de Luis Carlos Prestes – a Coluna Prestes, e também boiadeiros, tropeiros que utilizavam essa rota para o deslocamento e comercialização de gado entre os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Dali, o acesso ao sal que chegava em Coxim, por via hídrica, constituía caminho mais favorável, por isso a região era conhecida como a "Rota do Sal". O "Rancho do Homem Seco” e a “Lenda do Homem Seco” contribuem para deixar o ambiente ainda mais impregnado pela história tornando-a até bastante contemporânea e rica de informações histórico-culturais.
O diferencial, além de novo conteúdo, foi a alteração do local das aulas, antes concentradas na antiga sede, região sul do Parque. Desta vez, a excepcionalidade se deu em função da necessidade de maior cobertura geográfica da UC durante o curso e acesso aos diferentes percursos abertos ao uso público e visitação no Parque. A região do Jacuba, a 40km da antiga sede onde o grupo se concentrou, é fortemente marcada por acontecimentos da recente história do Brasil e pela cultura de seus habitantes atuais e antigos. Recebeu o nome Jacuba em alusão ao tipo de alimento preparado pelos viajantes que, sob influência baiana, tinham por costume misturar farinha de mandioca, rapadura, paçoca de carne seca e água. Assim, a jacuba, doce ou salgada, conferia energia e pouco peso durante deslocamentos e transporte em percursos de longa distância. Por ali passaram o grupo de Luis Carlos Prestes – a Coluna Prestes, e também boiadeiros, tropeiros que utilizavam essa rota para o deslocamento e comercialização de gado entre os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Dali, o acesso ao sal que chegava em Coxim, por via hídrica, constituía caminho mais favorável, por isso a região era conhecida como a "Rota do Sal". O "Rancho do Homem Seco” e a “Lenda do Homem Seco” contribuem para deixar o ambiente ainda mais impregnado pela história tornando-a até bastante contemporânea e rica de informações histórico-culturais.
Conhecer a história e valorizar a cultura local em associação aos elementos da natureza representam estratégias eficientes de construir o ecoturismo, em especial o de base comunitária, com valorização dos patrimônios natural e cultural. Isto significa planejar e ordenar o uso para que este alcance índices aceitáveis e satisfatórios de sustentabilidade. Além da história, cultura e elementos da biodiversidade, Renato Moreira, instrutor destes módulos, explica que o planejamento da paisagem a partir do sistema de informação geográfica e da geotecnologia se mostra bastante eficiente nos planos de gestão de territórios, incluindo as UCs. Dessa forma, para aliar teoria à prática, os participantes realizaram tarefas com a utilização de receptores GPS (sistema de posicionamento global) que incluíram trajetos a partir de coordenadas preestabelecidas, cálculo de tamanho de área, conversões de unidades métricas e de posicionamento geográfico. Mais do que evitar perder-se no campo, os futuros monitores ambientais fizeram um mapeamento com inserção dos elementos de interpretação ambiental a serem explorados na Trilha do Jacubinha e em outros percursos da região norte do Parque. Graziele Carneiro afirma que a cada módulo mais conhecimento é agregado à formação dos monitores ambientais. Renato enfatizou o conceito de que o Cerrado é o celeiro mundial no que se refere à produção agrícola e pecuária, o que o mantém diante do paradoxo “prioridade para conservação x prioridade para o agronegócio” e, dessa forma, foi lançado o desafio de como o monitor ambiental pode proceder frente às questões socioambientais e econômicas vividas atualmente no país, em especial no cenário do Planalto Central.
Encerrando o módulo XII, a Caravana dos Povos chega com o filme documentário “À sombra de um delírio verde” que propiciou aos participantes momentos de reflexão. Inquietações, reflexões, diálogos foram os elementos de enriquecimento do “Tereré com Prosa” para articulação de estratégias de ação cidadã em prol do direito a vida e a garantia de um mundo mais sustentável e justo para atuais e futuras gerações.
O próximo módulo com data marcada para o período de 20 a 22 de abril será no município de Mineiros GO, como parte integrante do módulo “Reconhecimento do Potencial Turístico de Entorno do Parque Nacional das Emas.
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