Expedição Científica Biofronteira do Pantanal: Diagnóstico para proposições de manejo à mastofauna na fronteira do Brasil com o Paraguai
As expedições científicas são importantes estratégias que resultam não apenas em registros qualitativos das espécies em determinada área ou região, mas também contribuem sobremaneira para a avaliação do status populacional de várias espécies e a relação humana com essas espécies. Localizado numa área rebaixada da depressão da bacia hidrográfica do Rio Paraguai, o Pantanal é compartilhado por países como Brasil, Bolívia e Paraguai e se constitui de um complexo mosaico de hábitats úmidos inundáveis e hábitats que se modificam conforme a sazonalidade característica de períodos secos e úmidos. A Expedição Biofronteira do Pantanal teve entre seus objetivos o diagnóstico das condições da mastofauna do Pantanal visando a proposições de manejo para algumas espécies. A expedição foi realizada no período de 02 a 14 de fevereiro de 2008, na região do Baixo Pantanal, sub-regiões do Apa, Porto Murtinho e Nabileque, fronteira do Brasil com o Paraguai.
Para o levantamento dos dados foram realizados transectos terrestres (Rodovias BR-060; BR-267) e percursos fluviais (rios: Paraguai, Nabileque, Aquidabã, Branco e Apa). As espécies encontradas foram registradas e documentadas através de fotografias e desenhosem aquarela. Foram ainda realizadas entrevistas informais com a comunidade da região de modo a identificar as formas de uso e a convivência com a mastofauna silvestre.
Os resultados apontaram pelo menos duas problemáticas, de alto impacto, relacionadas à conservação de mamíferos: 1) A mortalidade por atropelamentos nas estradas e rodovias; e 2) A caça predatória. Dos indivíduos mortos por atropelamentos (N=21) destacam-se as espécies: tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), lobinho (Cerdocyon thous), gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), espécie ameaçada de extinção e capivara (Hydrochaeris hydrochaeris).
Dos relatos da comunidade local resultou uma lista de 17 espécies visadas pela atividade de caça, a qual é exercida até a atualidade tanto em território brasileiro quanto paraguaio. Percebeu-se que as espécies vítimas de caça enquadram em três categorias: uso alimentar (e.g. Blastocerus dichotomus, Tapirus terrestris, espécies ameaçadas de extinção, entre outras) defesa, tanto humana quanto da criação doméstica, (e.g. Panthera onca, Puma concolor, ameaçadas de extinção, entre outras) e vítimas de superstição (e.g. Myrmecophada tridactyla, espécies ameaçada). Ações de manejo são prementes nesta região aliadas a programas binacionais efetivos de Educação Ambiental de modo a atingir a conservação de mamíferos no Pantanal.
Para o levantamento dos dados foram realizados transectos terrestres (Rodovias BR-060; BR-267) e percursos fluviais (rios: Paraguai, Nabileque, Aquidabã, Branco e Apa). As espécies encontradas foram registradas e documentadas através de fotografias e desenhos
Os resultados apontaram pelo menos duas problemáticas, de alto impacto, relacionadas à conservação de mamíferos: 1) A mortalidade por atropelamentos nas estradas e rodovias; e 2) A caça predatória. Dos indivíduos mortos por atropelamentos (N=21) destacam-se as espécies: tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), lobinho (Cerdocyon thous), gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), espécie ameaçada de extinção e capivara (Hydrochaeris hydrochaeris).
Dos relatos da comunidade local resultou uma lista de 17 espécies visadas pela atividade de caça, a qual é exercida até a atualidade tanto em território brasileiro quanto paraguaio. Percebeu-se que as espécies vítimas de caça enquadram em três categorias: uso alimentar (e.g. Blastocerus dichotomus, Tapirus terrestris, espécies ameaçadas de extinção, entre outras) defesa, tanto humana quanto da criação doméstica, (e.g. Panthera onca, Puma concolor, ameaçadas de extinção, entre outras) e vítimas de superstição (e.g. Myrmecophada tridactyla, espécies ameaçada). Ações de manejo são prementes nesta região aliadas a programas binacionais efetivos de Educação Ambiental de modo a atingir a conservação de mamíferos no Pantanal.
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