Ecoturismo de Base Comunitária na Comunidade Quilombola Furnas da Boa Sorte, Serra de Maracaju – Corguinho, MS
pode-se dizer que se trata de um tipo de turismo que rompe vários paradigmas, desde o protagonismo exercido pela comunidade, o contraponto ao turismo de ostentação e consumismo, inclusão social, compartilhamento de ganhos e perdas, interação com os moradores e participação no convívio diário, valorização e proteção da biodiversidade, e geração de renda a partir da conservação da natureza.
O que rolou no curso, além de (re)conexão com a natureza, encontro intergeracional, comprometimento e sensação de irmandade entre todos?
Alegria, união e paz foram as palavras aclamadas por todos e eleitas como as mais representativas dos momentos vivenciados. No encerramento tivemos, ainda, tivemos a Feira de Trocas, cujo fundamento está na circulação de boas energias, economia solidária e sustentabilidade.
A formação ministrada pelo Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo e WCS Brasil, em parceria com a UEMS integra o programa “Águas de Corguinho” da WCS Brasil e o projeto “Planejamento territorial
Pra finalizar alguns depoimentos dos participantes:
O curso foi inspirador, a começar pela paisagem que nos cercava. A simpatia das pessoas da comunidade me dava ânimo, eu me senti totalmente em paz naquele lugar. Aprendi muito com a equipe do Instituto Mamede, com cada participante do curso e principalmente com a comunidade. Quero usar cada ensinamento que absorvi para o resto da minha vida. Sou muito grata por ter participado dessa experiência. Bruna Gust Rachel (acadêmica de Turismo - UEMS).
A força está na comunidade, na união e dedicação. Ampliar a visão e acreditar nos permite enxergar muitos horizontes e o grande potencial que tem Furnas da Boa Sorte. Sr. Deoclides Ribeiro Ramos (morador).
Estamos com a faca e o queijo, as possibilidades foram apresentadas, agora vamos reunir forças para
continuarmos o trabalho. Profa. Elaine Matheus Teodoro (moradora).O homem foi criado no jardim do Éden porque Deus sempre quis colocar o homem no melhor lugar. Então, cuidar da natureza também é nosso dever como cristão. Chegou um momento que Deus se arrependeu de ter criado o homem, não a natureza. Assim, o ecoturismo também representa uma forma de proteger a natureza. Sr. Valdeli Bonifácio Ribeiro (morador).
O curso abriu nossa mente e certamente temos um futuro promissor. O primeiro passo foi dado, vamos avançar. Profa. Rosa Helena Borges Maria (moradora).
Este curso representou uma experiência muito positiva para todos que participaram. A Comunidade Quilombola Furnas da Boa Sorte aprendeu sobre Ecoturismo como uma fonte de renda e como uma maneira de proteger um ecossistema rico, mas também frágil. Foi inspirador ver pessoas trabalhando juntas por uma causa tão boa. Quando pessoas se ajudam e acreditam umas nas outras, tudo é possível. Stefan Grol (guia de turismo e artista plástico).
O curso trouxe valorização da identidade, empatia com a comunidade e preocupação com a natureza. Esse final de semana eu vi o brilho especial nos olhos de todas as pessoas que estavam no quilombo Furnas da Boa Sorte. Houve uma mudança dentro de cada um dos envolvidos. Estou convicto de que em breve haverá bons frutos. Mozart Sávio (acadêmico de biologia - UFMS).
Vivenciar e experienciar o aprendizado de Ecoturismo de Base Comunitária na Comunidade Quilombola da Boa Sorte foi deslumbrante, pois acredito que é o recomeço da construção e ressignificação da identidade e da cultura daquela comunidade, assim como a valorização do incrível patrimônio natural existente naquela região. Sou imensamente grata por fazer parte desse processo. Marta Regina S. Melo (mestranda em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional - UNIDERP).


Foi incrível a condução do Curso de Ecoturismo de Base Comunitária – EBC, realizado em Furnas da Boa Sorte. A interação e a imersão na cultura quilombola local fluíram na direção da sustentabilidade e para a elaboração de estratégias voltadas para o desenvolvimento do ecoturismo de base comunitária. A simplicidade de todos constituiu a marca registrada do curso e contribuiu de forma significativa para a vivência de momentos especiais e para o intercâmbio do conhecimento. Gleidson Melo (biólogo).
O Curso EBC me proporcionou aprendizado e conhecimento que vão além do que se aprende dentro de uma sala de aula. A convivência com a comunidade e os demais cursistas, mesmo que por poucos dias, foram suficientes para uma troca bastante enriquecedora. Além disso tudo, o meio ambiente onde estávamos inseridos deu um toque super especial ao que estava acontecendo. Fico sem palavras para descrever o que foi acordar todos os dias ao pé do Morro de São Sebastião, comer em todas as refeições frutas tiradas do pé e despertar aos sons da natureza. Michele Torres (Bacharel em direito).
Há muito tempo vimos organizando esse momento de trocas, planejamento e sonhos. Algo feito por muitas mãos e muitas mentes. É prazeroso ver tantas pessoas sonhando o mesmo sonho e essa utopia, como dizia Galeano, nos faz caminhar. Estamos em plena travessia, em busca de um mundo mais justo e sustentável, tendo o Ecoturismo de Base Comunitária (EBC) como uma das estratégias para a construção de territórios sustentáveis. Passar o dia da Consciência Negra escrevendo essa história juntos com a comunidade Quilombola de Furnas da Boa Sorte não tem preço. Sigamos!! Ainda temos muito a percorrer. Simone Mamede (sócio-diretora do IMPAE).

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